quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Crônica Somos Assim




SOMOS ASSIM

No tocar do agir do tempo com suas artimanhas passam horas, dias e os meses voam na rotação desse mundo tresloucado. E assim meditando ou não mais um ano chega ao fim: 2013, um ano marcado por manifestações políticas e reedificações sérias, mas, junto com a democracia o vandalismo oportunista de pessoas que tem o poder e mandam uma porção da massa falida chutou o balde; nós somos cumplices passivos diante da telinha ou nas redes sociais compartilhamos, curtimos e não comentamos. Bem deixando lembranças boas ou não, algumas se desejam esquecer no fundo do baú da memória. Mas sempre haverá boas lembranças e esperança...
            Mas o povo guerreiro de um país que esquece seus heróis, como Zumbi, porque é negro, de manto amarelo e verde (Brasil) começa a festejar e comemorar com brilho e serpentina o Carnaval, o Dia da Mulher, o Dia das Mães. E vem a Copa do Mundo onde países disputam a cobiçada “taça Jules Rimet” que o Brasil conquistou a posse de tê-la em definitivo por consequência do Tricampeonato em 1970. Por ironia do destino ela, nos anos 80, foi roubada e derretida e agora as taças são réplicas das que ficam no cofre da FIFA. Isto é o país da segurança do submundo, um país fragmentado em desigualdades, que vira a pátria de chuteira Mas a Copa não é o maior evento de 2014 e sim a jogatina fétida das eleições para a Presidência do dito país onde vão ser escolhidos por votos presos em bolsas famílias e muitos PAC’s, ou seja, um pacote de nada, senadores, deputados estados e federais e o presidente, hora, os ditos sanguessugas da sociedade que falsamente são apelidados de corruptos: são mais que isso, são babacas...
            E nós continuamos assim na ilusão que tudo muda, que tudo vai ser diferente, que com uma poesia vai ser sinal amarelo que acenda a chama da liberdade ou uma canção: o verde que dê passagem para o grito  que vai  fazer a diferença escrevendo, lendo, estudando e pesquisando o peso da balança sempre será desigual. É assim, somos assim, a realidade é mascarada no meridiano que passa em Brasília, o meridiano da hipocrisia com seus pizzatoilhos, pastas rosa, aquilo roxo, colarinhos brancos, mensalões e tudo isso que temos que engolir sem querer...


Dila Anizete, 22/11/2013

Marcolândia-PI