DESCARTES.
Na metafísica Cartesiana de Descartes, as
múltiplas conjunturas interrogativas que alavancam
a Filosofia Antiga ou Pragmática fazem com que Descartes a olhe com uma certa
estranheza. E é dentro desse admirado
mundo dúbio que alguns de seus pensamentos ganham alicerce, ... as opiniões de indubilidade deve ter toda confiança..., e é onde é segurada a
possibilidade do racionalismo. Do racionalismo confirma-se a existência de Deus
e da Alma mas, para isso teria que se apoderar por um propósito ou método que
conduzisse à verdade indubitável como as demonstrações matemáticas. Em seus
estudos encontram-se o princípio de sua metafísica "Penso logo existo,"
chegando à máxima quando chega a duvidar de tudo: do testemunho dos sentidos, das
afirmações do bom senso comum, dos argumentos da autoridades, das informações
da consciência, das verdades deduzidas pelo raciocínio. Esse mar de dúvida é
interrompido quando ele avalizar que o
pensar existir, ser
humano é
uma substancia pensante e em linhas gerais pode-se afirmar que o
pensar é verdadeiro e inteligente: sendo assim encontra-se nestas frases a
premissa para a existência de Deus, o que é causa verdadeira, essência fora do
ser. Sobre Deus Descartes afirma:
” Pelo nome de Deus entendo uma sustância infinita, eterna,
imutável, independente, onisciente, onipotente e pela qual eu próprio e todas
as coisa que existem foram criadas" Descartes, René. Discurso do Método. São Paulo: Abril Cultural, 1913. p. 115.
Sendo
assim a certeza de que Deus existe e é real mesmo que seja uma essência infinita
e eterna traz a ideia de um ser perfeito e que nós somos imperfeitos em busca
da perfeição. Sempre procurando uma verdade e uma razão que explique com
veemência, Descartes é feliz quando ele afirma que: "Deus que tudo pode fazer e me fez tal como sou." (um ser
pensante se cheio de dúvidas, por isso ele existe). Nota-se aqui que há uma
irrebatível procura pela valorização da razão, do entendimento, do intelecto e
como conseqüência acentuando-se nas suas próprias forças, descobrindo verdades
possíveis dai a importância da razão. O homem é um ser duplo que sabe mais que isso. Nos dias de hoje é composto por
substâncias pensantes: emoções, conflitos. aflições, medos, amores, paz, ou
seja, infinita, e por substâncias extensas que existem independentes do
indivíduo: som, cor, odor, sabor... Nesta conjectura, em uma de suas
Meditações ele reafirma com a pergunta: "O que sou eu, este que sei que
existe?" Muitos autores tentaram explicar inadequadamente ou
simploriamente o compreender da existência
de um Ser Superior, não deixando claro o real sentido de Deus, da Divina
Luz.
Porém, Descartes, em poucas
palavras, mas de sentido envolvente, mesmo que
interrogativo alça o compreender de sua própria existência, chegando-se a conclusão
que a essência cartesiana e do cogito
é a conclusão de uma coisa que pensa, é ser consciente. O mesmo, muito além na
sua Quinta Meditação: "Não é possível retirar a existência à essência
divina, tal como impossível retirar à essência de um triângulo a magnitude de
seus ângulos"... Portanto fica evidente que Deus existe e é um Ser intensamente perfeito idealizado claramente à natureza,
Deus é vida, é a luz e paz do mundo.
Dila Anizete Coutinho Rodrigues