quinta-feira, 19 de março de 2015

DESCARTES.

                     Na metafísica Cartesiana de Descartes, as múltiplas conjunturas interrogativas que alavancam a Filosofia Antiga ou Pragmática fazem com que Descartes a olhe com uma certa estranheza. E é dentro desse admirado mundo dúbio que alguns de seus pensamentos ganham alicerce, ... as opiniões de indubilidade deve ter toda confiança..., e é onde é segurada a possibilidade do racionalismo. Do racionalismo confirma-se a existência de Deus e da Alma mas, para isso teria que se apoderar por um propósito ou método que conduzisse à verdade indubitável como as demonstrações matemáticas. Em seus estudos encontram-se o princípio de sua metafísica "Penso logo existo," chegando à máxima quando chega a duvidar de tudo: do testemunho dos sentidos, das afirmações do bom senso comum, dos argumentos da autoridades, das informações da consciência, das verdades deduzidas pelo raciocínio. Esse mar de dúvida é interrompido quando ele  avalizar que o pensar  existir,  ser humano  é  uma substancia pensante e em linhas gerais pode-se afirmar que o pensar é verdadeiro e inteligente: sendo assim encontra-se nestas frases a premissa para a existência de Deus, o que é causa verdadeira, essência fora do ser. Sobre Deus Descartes afirma:

” Pelo nome de Deus entendo uma sustância infinita, eterna, imutável, independente, onisciente, onipotente e pela qual eu próprio e todas as coisa que existem foram criadas" Descartes, René. Discurso do Método. São Paulo: Abril Cultural, 1913. p. 115.

                    Sendo assim a certeza de que Deus existe e é real mesmo que seja uma essência infinita e eterna traz a ideia de um ser perfeito e que nós somos imperfeitos em busca da perfeição. Sempre procurando uma verdade e uma razão que explique com veemência, Descartes é feliz quando ele afirma que: "Deus que tudo pode fazer e me fez tal como sou." (um ser pensante se cheio de dúvidas, por isso ele existe). Nota-se aqui que há uma irrebatível procura pela valorização da razão, do entendimento, do intelecto e como conseqüência acentuando-se nas suas próprias forças, descobrindo verdades possíveis dai a importância da razão. O homem é um ser duplo que sabe mais  que isso. Nos dias de hoje é composto por substâncias pensantes: emoções, conflitos. aflições, medos, amores, paz, ou seja, infinita, e por substâncias extensas que existem independentes do indivíduo: som, cor, odor, sabor... Nesta conjectura, em uma de suas Meditações ele reafirma com a pergunta: "O que sou eu, este que sei que existe?" Muitos autores tentaram explicar inadequadamente ou simploriamente o compreender da existência  de um Ser Superior, não deixando claro o real sentido de Deus, da Divina Luz.
                    Porém, Descartes, em poucas palavras,  mas de sentido envolvente, mesmo que interrogativo alça o compreender de sua própria existência, chegando-se a conclusão que a essência cartesiana e do cogito é a conclusão de uma coisa que pensa, é ser consciente. O mesmo, muito além na sua Quinta Meditação: "Não é possível retirar a existência à essência divina, tal como impossível retirar à essência de um triângulo a magnitude de seus ângulos"... Portanto fica evidente que Deus existe e é um Ser intensamente perfeito idealizado claramente à natureza, Deus é vida, é a luz e paz do mundo.  
Dila Anizete Coutinho Rodrigues