quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

SECA



SECA 

Sertão do Nordeste: filhos da mãe - África
Filhos à procura de uma gota d’água!
A terra ressequida pela secura do sofrimento
Mata a jurema... Mata a esperança... Mata tudo...

Os olhos secos de solidão: ver, apenas ver,
O sertanejo aquilar, ilusões nas tristes lida,
A enxada é crucificação do homem do sertão
Quando seu pranto molha a estéril terra

Ó vórtice ciclo que castiga a terra amada
Sofrimento... 1932... 1983... 1987... 2012...
Drama... Sede... No afã de um anseio
Gente que vive de teima, que teima em viver!

Resignados, padecem de dor e desolação
Junta as memórias numas trouxas e malas
E, ao destino de uma esperança da seca atroz
Nesses latifúndios de milhares de cruzes: voltar!


Dila Anizete
                                                26/10/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário